Não seria assinalável, caso não me fizesse lembrar do mesmo efeito aroma numa circunstância totalmente insólita.
Sem saber precisar - diria mais coisa menos coisa - há dez anos atrás quatro adolescentes aborrecidos com aquele tempo de espera, que dura entre o almoço e o copo-de-água num casamento, decidem pegar nos seus fatinhos a rigor e matar quilómetros. O Verão fazia-se sentir no seu auge e aliando-se ao vento pregam-lhes uma partida. São abalroados por um mágico aroma a morangos... De onde vem, como é possível, o que é isto? Morangos senhores, morangos. E ali estavam eles, quatro janotas, ainda a meio da cerimónia a arriscar uma nódoa no vestido mais caro do armário, pelo prazer de parar à beira da estrada impelidos pela vontade de tomar aquele aroma e transformá-lo num deleite de sabor! Na volta esperam-lhes fartura de frutas, doces, salgados entre outros, mas nem esse pensamento lhes tomou o lugar daquele aroma.
Sempre os morangos, esses pedaços de mau caminho.
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